Ophélia Queiroz foi por momentos uma fuga ao isolamento de Pessoa, bem como a revelação de si próprio como um ser capaz de amar. Mas foi sobretudo, mais uma revelação da sua complexidade psíquica.
O namoro de Fernando Pessoa com Ophélia teve início em 1920, terminando no mesmo ano. No entanto, este amor era mais forte e mesmo após 9 anos separados, Pessoa e Ophélia reataram esta paixão, terminando de novo, em 1930.
As últimas cartas que Fernando Pessoa dirige a Ophélia, são muito diferentes das primeiras. Aqui, Pessoa revela uma outra personalidade. A confusão de sentimentos, a perturbação psíquica manifesta-se com frequência através de cartas que revelam uma linguagem agressiva, um discurso com rasgos de alucinação e dispersão, fazendo com que Ophélia deixe de responder ás suas cartas.
Foi com inspiração neste romance extremamente atribulado que surgiu o nome do nosso grupo: Ophélias.
O nome Ophélia é de origem grega e que tem como significados principais: Serpente ou Aquela que ajuda, que dá socorro.
O facto de estar ligado ao animal serpente, não atribui apenas conotações negativas, visto que esta apesar de mortal também possui bastantes qualidades, tais como: astúcia, inteligência, instinto, intuição, flexibilidade, podendo assim adaptar-se a diversas e diferentes condições.
Pretendemos, com este nome, demonstrar que somos um grupo constituído apenas por mulheres e explicitar que o nosso principal objectivo é sabermos ser moldáveis e criativas para nos podermos adequar a todas as situações que surgirem no percurso do nosso estágio.
Este tem ainda por base a Universidade Fernando Pessoa (local onde estudamos) e que consideramos ser uma homenagem ao próprio poeta, visto que Ophélia foi o seu grande amor.
Escrito por: Ana d'Eça, Ana Coelho, Cláudia Almeida e Sandra Pereira
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